O Ceará entrou em campo pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro e atuou no estádio Orlando Scarpelli, contra o Figueirense às 18h30min deste domingo.
O resultado foi o empate de 1 x 1 e a sensação, pelo menos do blog, é que o Alvinegro poderia ter saído de campo com os três pontos. Senão vejamos:
O Ceará começou bem o jogo e impôs seu ritmo ao Figueirense, seria questão de tempo para sair o primeiro gol do Ceará e foi o que aconteceu, até mais cedo. Figueirense 0 X 1 Ceará logo aos 3 minutos, com Washigton, em lindo chute de fora da área que deu leve desvio no zagueiro do adversário.
A partir do gol, não sei, mas deve ser orientação do treinador que o time fique todo retrancado, confiando em seu “trio de ferro” e na excelente defesa para segurar o resultado. Mas prestem atenção, o gol saiu aos 3 minutos do PRIMEIRO TEMPO! Ou seja, para nossa opnião, muito cedo para uma retranca total como foi feita.
A sorte para os alvinegros é que este time do Figueirense não passa de esforçado, com algumas jogadas bem feitas dos laterais e do articulador Wilson Pittoni, mas nada comparado com times até menos pontuados, como o Coritiba, que conta com muitas opções de habilidade e velocidade.
O jogo do Figueirense é baseado na força e poder de marcação, característicos dos clubes da Região Sul, o que dificultou muito a saída nos contra-ataques do Alvinegro Cearense, função exercida somente por Osvaldo, já que Thiago Humberto tem muita habilidade, mas velocidade com certeza não é o forte dele.
Desta forma, considerações feitas, esta aí o retrato do jogo no primeiro tempo. Figueirense com a posse de bola, mas sem conclusões de muito perigo. Situação que obrigou aos chutes de fora da área, até com relativo sucesso, fazendo com que Fernando Henrique praticasse duas boas defesas. E só.
O Ceará se retrancou e só chegava raramente ao campo adversário quando queria tocar a bola. De resto, quando tinha a posse, rifava a pelota para o meio de campo, onde ninguém estava e daí começava novo ataque do Figueirense. E tome reza.
Nota de preocupação no primeiro período foi só o choque do goleiro Fernando Henrique em jogada na área. Quando caiu, foi chutada sua mão tanto pelo jogador do Ceará, quanto pelo do Figueira. Exames serão realizados para verificar a gravidade. Estamos torcendo mas goleiro, ainda bem que temos de sobra.
O segundo tempo estava se encaminhando para a tônica do primeiro período, somente devendo ser ressaltada a boa defesa de Diego em jogada feita pela direita do time Catarinense.
Ocorre que o Ceará permitiu a infiltração e o chute forte de Ygor. Como a bola foi alta, Diego não conseguiu espalmar a contento, então a bola somente subiu e cai sobre seu próprio corpo, fazendo com que o arqueiro tentasse a defesa em dois tempos. Foi o que aconteceu.
A arbitragem, neste lance, mais uma vez prejudicou o Ceará, haja vista que quando Diego fez a segunda defesa com encaixe e ía trazendo a bola para o seu peito, o jogador do Figueirense deu um toque na bola por entre os braços do goleiro, permitindo com que a bola saísse do controle do arqueiro e encotrasse as redes do Alvinegro Cearense. Lamentável.
A partir deste momento do jogo, eu realmente não acreditei no que Vágner Mancini fez ao time do Ceará. Tirou Osvaldo, disparadamente o melhor jogador do Mais Querido em campo, com jogadas rápidas que seguravam a bola no ataque, e colocou Felipe Azevedo. Reparem, não é por causa da entrada de Felipe Azevedo a crítica, mas a saída de Osvaldo, que jogava muito bem. Para não dizer que ficamos em cima do muro, eu tiraria Thiago Humberto, que tava com dois palmos de língua para fora (como sempre) e dava mais força em ataque e principalmente contra-ataques, já que o Figueira viria com tudo, como aconteceu.
Obviamente a substituição não fez efeito, fazendo com que o Ceará fosse comprimido praticamente à sua zaga. Daí surge outra idéia brilhante: Tirar Thiago Humberto, que já era para ter feito como dissemos agora, e colocar o craque de bola Rudnei. Mesmo que consideremos que ao Ceará estava interessante o resultado do jogo e foi colocado mais um volante para segurar o resultado, mas não foi o que ocorreu.
O jogador entrou e tentava armar mais as jogadas do que o próprio Felipe Azevedo que deve ter entrado para isso, ou seja, desorganização total e infelicidade nas substituições. Fosse mais forte o Figueira tinha feito outro gol.
Ainda bem que, como temíamos os 100% de vitórias do Figueirense dentro de casa, o Ceará conseguir um ponto não foi mal negócio, o problema foi da forma que isso ocorreu.
Saudações Alvinegras e que venha o América – MG!!
