sábado, 27 de agosto de 2011

O Vovô na Sulamericana parecia uma criança…e é!

A confiança e a esperança viraram pesadelo ontem na partida do São Paulo, no Morumbi, em partida válida pela segunda fase da Copa Bridgestone Sulamericana 2011.
Já havia dito ontem os fatores que levariam ao sucesso ou ao fracasso a campanha do Vozão neste certame internacional.
Não que seja advinho ou dono da verdade, mas, a torcida que acompanha, como é meu caso, sabe como um time deve se comportar diante de adversidades que com certeza virão no decorrer da partida. Explico.
Foi falado da torcida que não seria fator de grande pressão desde que o vozão conseguisse segurar a pressão inicial. De fato, o time segurou bem o sistema defensivo e saiu o primeiro tempo sem sequer o Diego tocar na bola.
Acontece que o Ceará se mostrou extremamente defensivo, totalmente diferente do que pedíamos:  o mesmo empenho e ofesividade mostrados diante de Corinthians, Grêmio e Cruzeiro.
A garra até que foi devidamente mostrada, mas a ofensividade do Ceará sumiu devido a algumas considerações
Osvaldo e Nicácio no meio de campo (para levar a bola até o gol driblando todo mundo o Messi e Neymar demoram várias partidas para fazer).
Thiago Humberto com aqueles passes de lado que não encontravam os atacantes e ainda perdia bola para os volantes São-paulinos.
Egídio não consegui cruzar uma bola sem ser bloqueado por algum atleta do São Paulo, quando dava certo daquele lado é porque Osvaldo (sempre guerreiro) ou Nicácio (fez o possível na partida) conseguiam passar. Boaiadeiro jogou razoavelmente bem, inclusive fazendo boa jogada sobre Juan, mas a lerdeza do Alvinegro na saída do contra-ataque e a boa marcação do tricolor paulista evitaram que o atleta pudesse apoiar mais.
Edmilson, Michel e Heleno foram muito bem na partida, acontece que Mancini deveria ter colocado Eusébio para dar mais ofensividade e velocidade nos contra-ataques e ter possibilidade de chutes de longa distância: De início no lugar de Edmilson, tirando Heleno no intervalo do primeiro tempo para entrada de Eusébio, haja vista o atleta ter cartão amarelo, ou sacando Emilson assim que levou amarelo também. Explico novamente.
O time do São Paulo não mostrava reação desde os vinte e cinco minutos do primeiro tempo e deixava espaços para o Ceará progredir, só que, com a sobrecarga dos atacantes e falta de ligação da meia o Ceará não aproveitou e o erro foi esse: Achar que poderia segurar o São Paulo eternamente.
Foi o que dissemos também no artigo passado, segurar um time que tem Lucas, Dagoberto, Fernandinho, Casemiro e Rivaldo como opção é fatal, principalmente com os volantes (que são a garantia alvinegra) amarelados, sem poder parar com jogada mais dura.
Dito e feito, o São Paulo, começou a fazer jogadas individuais em cima destes homens, fez alterações que deram certo e aí as coisas começaram a mudar. O que Mancini fez? Até esse momento do jogo nada.
Daí continuamos aos comentários agora com os homens de zaga: Anderson Luiz e Fabrício. O Primeiro gostaria que me surpreendesse como o Rudnei, mas não foi ontem. Ao meu ver prejudicou no primeiro e terceiro gols do São Paulo (primeiro não pulou uma gilete deitada e estava mal colocado. No segundo deixou o atacante São Paulino progredir em direção ao Fabrício sozinho sem fazer uma falta, já que não tinha amarelo).
Porque não colocaram Erivelton ou até Edmilson na zaga? Não sei. Só sei que deveria ser observado que este zagueiro, mesmo sem sua inteção (lógico), não está emplacando no Ceará e pior, está prejudicando até que comece a mostrar futebol.
Fabrício jogou bem, mas não consegui se entender com Anderson e foi prejudicado. Justiça seja feita, coloco meia culpa também no primeiro gol, já que não tinha outro jogador na área para marcar era para ter fechado com Anderson para o jogador do São Paulo não receber.
Para mim, além do primeiro e terceiro gols que já falei, até o segundo poderia ser evitado, desde que não inventassem de driblar na frente da área, perdendo o jogo. Caiu no pé do Lucas e ele inventou de acertar chute de longa distância, mesmo em má-fase.
Com o Ceará é assim: tudo é difícil e inventam de se recuperar sempre com ele…
E o que tem haver o meu título do artigo?
É porque, apesar de o Ceará ter um passado glorioso, comportou-se como criança ontem na Sulamericana, e é.
Primeiro porque é a primeira de muitas Sulamericanas que virão, sendo apenas a segunda competição internacional.
Segundo que o Ceará na Série A recente só tem dois anos de manutenção e já no primeiro ano conseguiu a vaga da Sulamericana. Existem times que passam anos a fio no Brasileiro Série A, são milionários, e não conseguem resultados expressivos. Bola para frente.
Terceiro que o São Paulo, desculpando o trocadilho, é que é o Vovô em Campeonatos Internacionais, já que é o time mais vencedor neste tipo de competição. Experiência e força de sobra.
Quarto que ontem o Ceará jogou com muita pressão pelo longo tempo que ficou longe de Campeonatos Internacionais, o mesmo nervosismo de quando subiu na Série A.
Imaginem o Ceará garantindo vaga novamente na Sulamericana (e devemos apoiar sempre o time em busca dos resultados). Não concordam que será mais fácil encarar a competição por já ser membro “assíduo” no certame? Só ver como o Vozão se sente a vontade atualmente nos jogos da Série A. Nem sempre foi assim.
Não há o que se envergonhar, somente lamentar.
Ainda há muita alegria em nossos corações: Somos Campeões Cearenses arrastão 2011, estamos na Copa do Brasil do ano que vem, somos Série A, estamos na faixa da Sulamericana novamente (e com a ajuda da nossa torcida vamos conseguir para fazer melhor campanha).
Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima: CEARÁ TUA GLÓRIA É LUTAR…

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