Não há muito o que dizer. A torcida sentiu a tristeza de uma festa que poderia acontecer e foi calada pelo time do Vitória. Aliás, não pelo adversário, mas unicamente pelos erros do Alvinegro. E não é presunção, explico.
O Ceará iniciou o jogo tomando as iniciativas e não poderia ser diferente. Com um toque de bola eficiente, rondava a intermediária do Vitória mas, com um jogo muito marcado, conseguiu poucas oportunidade reais com Magno Alves por duas vezes.
A primeira em um cruzamento, o jogador pega de primeira e a bola passa com perigo. Na segunda o Magnata gira como um pivô de salão e solta a bomba, que passa ao lado esquerdo da trave de Deola, arrancando gritos de gol da torcida por bater na rede pelo lado de fora.
Ainda no primeiro tempo, um pênalti não marcado em cima de Gabriel, que invadiu a área e foi calçado claramente e uma bomba de fora da área que passou com perigo por sobre o gol de Deola, foram os pontos fortes do vovô na primeira etapa.
Do lado do Vitória, dois chutes, um de Escudero com perigo e outro sem muito, ambos que passaram ao lado da trave.
Aí o torcedor pergunta: E o primeiro gol? Surgiu para variar em falha conjunta do time de Porangabuçu. Ricardinho levava o time Alvinegro ao ataque quando teve um passe interceptado no meio de campo. O time do Vitória, com rapidez de contra-ataque (arma que o Ceará não tem), chegou a área Alvinegra através do seu lateral direito, Cáceres, que facilmente passou por Gerley. Rafael Vaz, que chegou em sua cobertura com muita velocidade, tentou dominar a bola ao invés de dar um chutão e passou direto, facilitando o cruzamento do time baiano na linha de fundo encontrando a cabeça de Renato Cajá, com precisão no primeiro pau, se antecipando à zaga alvinegra, para abrir o placar.
O Alvinegro não conseguiu empatar na etapa final apesar do bom esforço de Gabriel e Magno Alves, que compensaram a apatia de sempre dos laterais e de Anselmo Tadeu, que sequer foi visto no primeiro tempo.
No segundo tempo o vozão começou com tudo, dando a impressão que rapidamente empataria a partida e partiria para a virada. Ledo engano. O Vitória, mostrou realmente ser um time muito rápido no contra-ataque.
O Ceará pressionava e chutou uma bomba para a defesa parcial de Deola, o goleiro se levantou e foi disputar com os pés a segunda bola que ainda oferecia perigo. Ganhou, e na reposição já achou dois homens no meio do campo, além de Escudero. Eles tabelam rapidamente, Clayton sem tempo nenhum, passa direto em um toque rápido de Escudero para dentro da área, este consegue com muita velocidade alcançar a bola antes de FH e soltou uma bomba já perto da pequena área, sem muitas chances de reflexo para o goleiro Alvinegro.
Esse gol foi muito comemorado por Deola, haja vista que o arqueiro sabe que dificilmente leva dois gols em uma partida. E foi exatamente o que aconteceu.
Cinco minutos depois do gol sofrido o Ceará vai com tudo ao ataque. Lulinha, que acabara de entrar sofre pênalti. O mesmo quis cobrar mas, devido ao que aconteceu com Romário e a hierarquia de cobradores, Magno Alves pede a bola e vai à cobrança, tudo com muita catimba por parte do Vitória.
O atleta Alvinegro bate em seu canto direito rasteiro mas, Deola vai buscar com muita precisão. A bola volta e cai nos pés de Pingo que chuta para nova defesa do arqueiro do Vitória (3min30seg do vídeo abaixo).
O time Alvinegro partiu então com tudo ao ataque, mas Deola, em noite inspirada, pegou todas as bolas contra a sua meta, contando muitas vezes com a sorte nos rebotes e bolas que raspavam ou batiam em sua trave.
O Vitória com um belo chute de longe que explodiu na trave Alvinegra e o Vozão com Magno Alves e Pingo tiveram as últimas grandes chances de marcar, mas ficou nisso. Placar final: Ceará 0 X Vitória 2.
Agora o Ceará precisa vencer por dois gols de diferença, desde que o placar seja maior que 2 x 0, ou vencer a partir de 3 gols de diferença. 2 X 0 leva a decisão aos pênaltis. Qualquer outro resultado dá Vitória.
O jogo de definição será realizado em Salvador, no estádio Barradão, Domingo (17 de fevereiro) às 16h.
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